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Nos últimos anos, temos visto com frequência relevante na TV, na internet nos jornais, dentre outros meios de comunicação, casos de Dengue, Zika e
Chikungunya. Apesar das similaridades entre tais doenças, elas apresentam características individuais que permitem sua distinção. Nesse texto, vamos abordar o chikungunya e seus aspectos gerais.

Epidemiologia e Transmissão do Chikungunya

O Chikungunya é um vírus de RNA que pertence à família Togaviridae do gênero Alphavirus. Seu nome vem da língua Makonde, originária da Tanzânia, e
significa “Aquele que se curva”, fazendo referência ao ato de a pessoa infectada curvar o próprio corpo em consequência das dores causadas pela doença. Sua principal forma de transmissão é a picada de mosquito, sendo por isso chamado de Arbovírus (vírus transmitido por artrópodes). Os vetores mais notáveis do Chikungunya são o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, que também podem transmitir os vírus da Dengue e da Zika. Esses insetos têm facilidade de adaptação aos diferentes climas, embora sejam melhor ambientados em lugares quentes, tropicais (como o Brasil) e subtropicais.

Logo após o ano 2000, foram registrados casos no continente africano, no sudeste asiático, em ilhas do Oceano Índico, na Itália, na França. No Brasil, o
primeiro caso de Chikungunya registrado ocorreu em setembro de 2014, na cidade de Oiapoque (estado do Amapá), tendo sido registrados 2772 casos no país naquele ano. Acredita-se que a expansão da doença ocorreu devido ao alto fluxo intercontinental de vetores e pessoas infectadas.

Há outras formas de transmissão do Chikungunya, dentre elas a transfusão de sangue. Por isso, regiões de alta incidência de pessoas infectadas devem ter
cuidados acentuados na realização de tal procedimento, para que ninguém receba sangue que contenha o vírus. A gestação também é uma forma de transmissão, o que significa que a mãe pode passar a doença ao bebê durante a gravidez. Apesar disso, não há registros de que o aleitamento materno tenha causado infecções.

Quadro Clínico e Diagnóstico

A doença apresenta fase aguda (curto prazo) e fase crônica (longo prazo). A fase aguda dura de 3 a 10 dias, apresentando sintomas inespecíficos como: febre alta, dores de cabeça, fadiga, dores musculares intensas, dores moderadas ou intensas nas articulações (principalmente nos punhos, joelhos, tornozelos e
cotovelos) conjuntivite, fotofobia (incômodo ao olhar diretamente para a luz), edemas (inchaços) faciais, náuseas, vômitos e ainda pode apresentar erupções e
lesões de pele nos pés, nas mãos e nas regiões mucosas do corpo. A fase crônica pode durar até 12 semanas e não apresenta sintomas como dor de cabeça, febre alta e conjuntivite. Entretanto, as dores nos músculos e nas articulações persistem. O paciente também pode apresentar anorexia (dificuldade para se alimentar), depressão e descamação na pele. Por conta desses graves sintomas esta fase impossibilita o infectado de realizar atividades diárias simples.

O Chikungunya está também associado a doenças neurológicas, musculares, cardiovasculares, oculares e renais. Um dos agravantes desse vírus é a
possibilidade da ocorrência de sequelas após o período da doença. Todavia, as possibilidades de óbito e de sequelas permanentes são pequenas. A principal
sequela é a artrite, que piora muito a qualidade de vida do indivíduo.

É muito importante a detecção da infecção para que seja tratada a doença e evitada a sua perpetuação. Para isso, avalia-se a presença de sinais e sintomas
dessa virose e também pode ser realizado exame laboratorial para a pesquisa de anticorpos característicos do Chikungunya. Um fator que dificulta a realização adequada do diagnóstico dessa patologia é que as diferentes arboviroses podem ocorrer ao mesmo tempo em um indivíduo. Nestes casos, deve-se observar sintomas característicos de cada vírus, como a hemorragia na dengue e a dor profunda nas articulações na Chikungunya.

Tratamento e Prevenção

O tratamento para os infectados pelo vírus Chikungunya baseia-se principalmente na administração de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios.
Ainda não há vacinas contra o Chikungunya. O combate aos vetores é ainda a melhor forma de prevenção e deve ser realizada pela eliminação de focos de água parada, pela aplicação de cloro nas piscinas, pelo uso de repelentes e pela preferência por lugares com ar-condicionado.

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